"Viver é uma aventura linda, mesmo que difícil à beça aqui e ali." Ana Jácomo

terça-feira, abril 23, 2013

Delicadezas!



Foto da  e frase da Ana, dois girassóis.

sexta-feira, abril 19, 2013




 Ela estava triste e nem sabia direito o porquê. Não havia motivo aparente nem disfarçado. Não faltava nada à sua vida, e nem ela tinha tudo. Era pra estar feliz, mas ela estava triste. O desejo era desligar por, ao menos, um dia. Ver  o mar, o campo, as flores,  algo que confirmasse a existência de um ser superior a tudo isso, que acalentasse a doce menina. Como se ela mesma  não fosse prova da existência do Criador. Tadinha. Mas é que quando estamos tristes esquecemos algumas certezas bonitas, não é?

segunda-feira, março 11, 2013

Sobre o começo de Lado a Lado (agora só em nós)


Terminou no dia 08.03 (coincidência ou não, no dia em que se convencionou celebrar o Dia Internacional da Mulher) a novela das seis #LadoaLado. Fico desconcertada ainda em falar da novela no passado, não porque não aceito o fim, mas porque acredito no que diz a Adélia Prado “O que a memória ama fica eterno.” Eternizo a novela na minha memória, assim como nestas linhas.

A novela começou em 1903 , pós-abolição (1888) e Proclamação da República( 1889) e abordou principalmente o preconceito, contra negros, pobres (que pra elite estavam no mesmo patamar) e as mulheres, e ainda falou sobre o surgimento das favelas no Rio de Janeiro (depois que os escravos alforriados foram abandonados à própria sorte), a capoeira vista como ilegal, o candomblé como religião, a chegada do futebol no Brasil, a revolta da vacina e da chibata...e tudo isso de uma maneira única, envolvente e sensível.

Lado a Lado além de nos fazer suspirar com o casal Laura e Edgar (explicarei), a novela nos fez pensar, entender, questionar, se sensibilizar. Tudo isso dando um show de talento, por parte de todos.  Um exemplo: apesar de sabermos que a escravidão é uma vergonha pra nossa história, ficamos encantados com a “Boronesa”, preconceituosa e intransigente, interpretada pela diva Patricia Pillar, e o sentimento para com ela ia do amor ao ódio em segundos.

Fazendo jus ao nome, ela mostrou principalmente a vida de duas mulheres que durante a trama, entre sofrimentos e alegrias, permaneceram #LadoaLado, se afirmando naquilo que acreditavam, contrariando a sociedade da época. Uma das coisas mais emocionantes que a novela deixa é o exemplo de amizade entre Laura e Isabel, interpretadas respectivamente por Marjorie Estiano e Camila Pitanga. Clarice Lispector escreveu que “a amizade é matéria de salvação.” Elas foram uma para a outra, porto seguro, consolo, salvação. E não é também isso que devem ser os amigos? Foram mesmo heroínas, e nós mulheres temos que as agradecer, e do que se orgulhar. Se desencontraram como elas mesmas disseram no diálogo final da novela, mas a amizade é mesmo como um ímã, nunca permite que o ímã que se liga ao nosso permaneça longe, mas #LadoaLado.

Nos mostrou que a luta pela liberdade passa pela afirmação como ser humano digno de respeito pelo “simples” fato de ser humano, não pela cor da pele nem pela condição social, muito menos por ter nascido mulher. Que ser livre, de fato, é se sentir respeitado e não medir esforços pra isso, é sofrer pelo seu ideal, muitas vezes e na maioria delas, “remando contra a maré”. E que aquilo que parece ser utopia deve ser almejado.

Me permitam um parágrafo inteiro sobre o casal mais lindo, mais fofo, mais harmônico que já existiu. Laura e Edgar formavam um dos casais da referida novela, interpretados sem descrição que chegue ao que foi a interpretação deles e a química que era evidente, por Marjorie Estiano e Thiago Fragoso.  A princípio, casaram-se a contra gosto, mas no convívio foram atraídos pela identificação de valores, e pelo desejo que os dois tinham de mudar o mundo. Se apaixonaram, já casados, e protagonizaram cenas, que mais pareciam reais, de cumplicidade, companheirismo, amizade e amor, exalando cheiro de alecrim, ao som da música “Sei” de Nando Reis, que fazia o nosso coração acelerar junto com a introdução. Era mesmo de suspirar e não desgrudar o olho da TV quando passava o casal LaurEd ( mistura do nome dos personagens que surgiu na internet e virou um movimento), fazendo-os ganhar TODO NOSSO AMOR ( como sempre tuitava uma amiga sobre as cenas deles, só que ela falava na primeira pessoa do singular, claro) e a nossa torcida. Odiamos a Catarina antes mesmo que ela tivesse entrado na trama, odiamos a Heloísa, tudo em nome de que o nosso casal permanecesse junto. Fora as vezes que choramos. Se desencontraram, mas deixaram o amor ganhar essa( o amor foi bem melhor que nós, sempre é) , ambos afirmando na revogação do divórcio que no tempo em que ficaram separados, não houve uma manhã, uma noite, nem um dia em que não pensassem no outro. Ao que Edgar diz ao juiz “ A gente quer ficar casado de novo, e Laura afirmar a Isabel: “O tempo me mostrou que o casamento vale a pena quando o marido é o Edgar”. Pode ser mais perfeito? Há quem diga que faltou um filho, mesmo eles tendo a Melissa, filha do Edgar, abraçada pela Laura. Mas cá entre nós, eu não estaria viva pra escrever esse texto. Rsrs. Os autores teriam conseguido o que tentaram desde que criaram esse casal, nos matar. Rs. Na verdade, eu acredito que #LaurEdVive e a banheira deve estar cheia nesse momento. E como diz uma amiga “Essa é a deixa pra Lado a Lado parte 2”. Se é ou não é eu não sei, o que tenho certeza é que eles são perfeitos como são!

A novela pode ter feito os historiadores se contorcerem, por alguma “inverdade” histórica. Para os padrões de audiência, pode não ter alcançado a meta. Mas, para mim e uma minoria que eu conheço, ela foi sensacional, ousaríamos dizer P.E.R.F.E.I.T.A. Sem tirar nem pôr.

Desculpem-me pelas vezes em que citei a novela com “#”, é o costume do twitter, e no último capítulo a hastag #LadoaLado foi uma das  mais citadas. Era no twitter que eu assistia a novela com duas amigas queridas, e com uma outra no facebook, das quais eu admiro a sensibilidade e me orgulho de ter divido todos os momento com elas.

Desculpem-me também por todas as vezes em que eu me referi a novela no passado, visto que nem “fim” teve na última cena. É querida e amada. Como pode ter acabado? Acabou mesmo foi de começar, só em nós.

quarta-feira, janeiro 30, 2013

Da saudade - Ana Jácomo




"Um dia desses, papo descontraído, uma colega de trabalho contou uma história que eu achei bem bonita, meu coração garimpeiro atento para descobrir preciosidades entre as outras coisas recolhidas na mina de cada instante.

Estava na casa do irmão, quando a sobrinha, criança na época, demonstrou tristeza no momento em que a tia comentou que havia chegado a hora de ir embora.

“Você vai me deixar sozinha?”

“Não, querida, você não vai ficar sozinha, vai ficar com a sua mãe e com o seu pai...”

A menina, numa dessas sábias tiradas amorosas que criança diz sem cerimônia, e adulto, por mais que sinta tão sinceramente, tantas vezes fica encabulado pra dizer, mandou esta:

“Eu sei, mas eu vou ficar sozinha de você!”

Este é um dos poemas mais lindos, eloquentes, instantâneos, que já li sobre a natureza da saudade. Inclusive, de nós mesmos."

Criança é sem igual!
Hoje é o dia da saudade. Ela até que merece homenagem, pois é companheira de todos os dias, não é mesmo?

Um beijo em cada um!

quarta-feira, janeiro 23, 2013



Que a gente escreva muitos poemas de amor a todo instante.
Felicidade sempre, meus queridos!